abril, 2025
10abr(abr 10)9:30 pm13(abr 13)5:50 pmVIRAR DO AVESSOESTE · Estação Teatral

Detalhes do Evento
Na hora de comprar o que vem primeiro: o que queremos ou o que precisamos? Será que compramos tudo o que precisamos? Será que precisamos realmente de tudo
Detalhes do Evento
Na hora de comprar o que vem primeiro: o que queremos ou o que precisamos? Será que compramos tudo o que precisamos? Será que precisamos realmente de tudo o que compramos? E será que faz diferença para o mundo se eu comprar mais uma coisa? Sim, faz! Depende do que compramos e a quem compramos. Se compramos algo porque é barato e não tem qualidade – exatamente porque é barato – explorando trabalhadores, para que se torne ainda mais barato e rapidamente ir para o lixo, porque efetivamente foi barato, não estaremos nós a desbaratar tudo o que deveria ser fundamental no nosso mundo? Ou até o próprio mundo? Compramos e deitamos fora, compramos e deitamos fora, mas a verdade é que o planeta não tem um “lado de fora”.
É interessante verificar a quantidade de vezes que a palavra COMPRAR aparece neste texto. São muitas, não são? Parece que a palavra não nos sai da cabeça…
Encenação e Dramaturgia: Criação Coletiva / Interpretação: Joana Poejo e António Rebelo / Direção Artística: Tiago Poiares e Sofia Cabrita / Desenho e operação de Luz: Pedro Fino / Cenário e Figurinos: ESTE – Estação Teatral / Assistência de Produção: Elisabete Rito / Direção de Produção: Alexandre Barata
VIRAR DO AVESSO
(ESTREIA ABSOLUTA)
ESTE · Estação Teatral
10 — 13 de Abril
Auditório da Moagem · Fundão
qui — sáb · 21:30
dom · 17:00
Duração: 50'
Faixa Etária: M/6
Mais
Hora
10 (Thursday) 9:30 pm - 13 (Sunday) 5:50 pm
Organizador
EsTe . Estação TeatralNa génese da Estação Teatral, em 2004, está a complementaridade de dois impulsos motores que, em sinergia, desembocam na compatibilidade entre (1) a pesquisa de uma IDEIA DE TEATRO, num movimento sem fronteiras, e (2) o diálogo em cumplicidade com a COMUNIDADE do seu contexto: a Beira Interior. O surgimento da companhia parte da iniciativa de um colectivo de profissionais que identificava a premência de um PROJECTO que dotasse uma região isolada, com acções consequentes e que transcendessem a natureza de “companhia de reportório” ou de “sala de espectáculos”. “Mãe preta”, primeira criação, inscreve já todo um ADN que se repercute até hoje, ora nos ensinamentos de ferramentas do antigo, como a MÁSCARA, ora na inspiração em teatros tradicionais/populares, como a manipulação de marionetas, ora ainda na dimensão de um TEATRO TOTAL dada pela prática dos contadores de histórias, ora, finalmente, pela perspectiva que faz imanar a arte da ENCENAÇÃO como o centro da escrita, numa autonomia proporcionada por uma DRAMATURGIA DO VER onde texto escrito é contemporâneo do ensaio. Também porque uma peça se desenvolve a partir de diálogos encetados com públicos específicos, ao mesmo tempo em que se busca um relacionamento “por camadas” junto de espectadores com tipificações sociais e culturais distintas, como é o caso do projectos pedagógicos “Uma história para continuar...” (até 2016) e depois “Ver-Fazer” que trabalhou com toda a comunidade escolar do concelho do Fundão ao longo de dezassete anos e imanou versões para a programação principal. No regresso ao ANTIGO, está o relançamento de um teatro HODIERNO, reintrepretando estruturas, fora desse circuito fechado onde a prática é não raro a “tradição de uma tradição”. Peças como “Pax Romana” (2006), “A verdadeira história da Tomada do Carvalhal” (2007), “Cozinheiros” (2009), “Volfrâmio” (2011), “A entrada do rei” (2014), “Terra sonâmbula” (2015), ou mais recentemente “Coração que é livre fica” (2019) e a trilogia “A Avenida” (2019/2020/2021) inscreveram-se justamente em princípios éticos/estéticos que não apenas desembocaram numa corrente de público muito expressiva mas consolidaram uma rede de itinerância pelo território nacional, hoje, património inestimável que alarga o futuro. COMPANHIA DE PROJECTOS que imanam objectos próprios, numa relação VER-FAZER em continua progressão, as formas de contacto foram sempre transversais. Fosse o Festival TeatroAgosto, realizado durante 15 anos consecutivos, ou os Ciclos Dramatúrgicos, ou o contacto com as escolas e as suas próprias “Classes de Teatro”. É também neste conjunto de princípios que se insere a Feira Ibérica de Teatro do Fundão, organizada pela ESTE em parceria com o Municipio do Fundão desde 2019, um projecto diferenciador em Portugal na promoção de um mercado ibérico das artes dos espectáculos. Desde 2004 a ESTE – Estação Teatral estreou 45 criações originais e já actuou em Espanha, Alemanha, Cabo Verde e Brasil. Medalha de Mérito Cultural da cidade do Fundão.