setembro, 2024

05set8:30 pm9:30 pmO CÉU NÃO LHES RESPONDEESTE - Estação Teatral

Detalhes do Evento

O que fazer quando é o próprio clima que nos empurra para fora da nossa terra? E quando a guerra nos expulsa para a incerteza da própria vida?
Saeed e Narine são dois refugiados oriundos de países distintos e imaginários. Quando permanecer se torna impossível só lhes resta avançar munidos de coragem e esperança. Procurar a felicidade num outro lugar. A jornada será sempre longa e cheia de percalços, mas será sempre melhor do que permanecer num caminho que apenas vai definhando. A necessidade de sobreviver obriga-nos a avançar, a contornar os obstáculos e a atravessar as fronteiras, inclusive as que se encontram fechadas. Um encontro com o futuro, onde a felicidade de quem parte também está nas mãos de quem acolhe.

Encenação: TIAGO POIARES / Interpretação: JOANA POEJO e SAMUEL QUERIDO / Espaço Cénico: ANA BALEIA / Música original: PEDRO RUFINO / Desenho de Luz: PEDRO FINO / Direcção de Produção: ALEXANDRE BARAT

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Hora

(Thursday) 8:30 pm - 9:30 pm

Organizador

ESTE . Estação TeatralNa génese da Estação Teatral, em 2004, está a complementaridade de dois impulsos motores que, em sinergia, desembocam na compatibilidade entre (1) a pesquisa de uma IDEIA DE TEATRO, num movimento sem fronteiras, e (2) o diálogo em cumplicidade com a COMUNIDADE do seu contexto: a Beira Interior. O surgimento da companhia parte da iniciativa de um colectivo de profissionais que identificava a premência de um PROJECTO que dotasse uma região isolada, com acções consequentes e que transcendessem a natureza de “companhia de reportório” ou de “sala de espectáculos”. “Mãe preta”, primeira criação, inscreve já todo um ADN que se repercute até hoje, ora nos ensinamentos de ferramentas do antigo, como a MÁSCARA, ora na inspiração em teatros tradicionais/populares, como a manipulação de marionetas, ora ainda na dimensão de um TEATRO TOTAL dada pela prática dos contadores de histórias, ora, finalmente, pela perspectiva que faz imanar a arte da ENCENAÇÃO como o centro da escrita, numa autonomia proporcionada por uma DRAMATURGIA DO VER onde texto escrito é contemporâneo do ensaio. Também porque uma peça se desenvolve a partir de diálogos encetados com públicos específicos, ao mesmo tempo em que se busca um relacionamento “por camadas” junto de espectadores com tipificações sociais e culturais distintas, como é o caso do projectos pedagógicos “Uma história para continuar...” (até 2016) e depois “Ver-Fazer” que trabalhou com toda a comunidade escolar do concelho do Fundão ao longo de dezassete anos e imanou versões para a programação principal. No regresso ao ANTIGO, está o relançamento de um teatro HODIERNO, reintrepretando estruturas, fora desse circuito fechado onde a prática é não raro a “tradição de uma tradição”. Peças como “Pax Romana” (2006), “A verdadeira história da Tomada do Carvalhal” (2007), “Cozinheiros” (2009), “Volfrâmio” (2011), “A entrada do rei” (2014), “Terra sonâmbula” (2015), ou mais recentemente “Coração que é livre fica” (2019) e a trilogia “A Avenida” (2019/2020/2021) inscreveram-se justamente em princípios éticos/estéticos que não apenas desembocaram numa corrente de público muito expressiva mas consolidaram uma rede de itinerância pelo território nacional, hoje, património inestimável que alarga o futuro. COMPANHIA DE PROJECTOS que imanam objectos próprios, numa relação VER-FAZER em continua progressão, as formas de contacto foram sempre transversais. Fosse o Festival TeatroAgosto, realizado durante 15 anos consecutivos, ou os Ciclos Dramatúrgicos, ou o contacto com as escolas e as suas próprias “Classes de Teatro”. É também neste conjunto de princípios que se insere a Feira Ibérica de Teatro do Fundão, organizada pela ESTE em parceria com o Municipio do Fundão desde 2019, um projecto diferenciador em Portugal na promoção de um mercado ibérico das artes dos espectáculos. Desde 2004 a ESTE – Estação Teatral estreou 45 criações originais e já actuou em Espanha, Alemanha, Cabo Verde e Brasil. Medalha de Mérito Cultural da cidade do Fundão.

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