março, 2024

24mar9:30 pm10:30 pmO CÉU NÃO LHES RESPONDEESTE · Estação Teatral

Detalhes do Evento

«O céu não lhes responde» relata, através do corpo, do gesto, das emoções, da simplicidade e do jogo cénico, o percurso de duas personagens que tentam atravessar o mar para o lado de lá em busca de uma oportunidade. Ninguém deixa a sua terra de ânimo leve mas noutro país é possível recomeçar. Alcançar as necessidades mais básicas pode ser extremamente difícil, a barreira da língua, o choque cultural e a desconfiança de quem os acolhe fazem com que chegar não signifique o fim da jornada. No entanto, Saeed e Narine não desistem, procuram trabalho, procuram retribuir e integrar-se num país diferente. Um país que por vezes julga que a escolha foi deles e onde, por vezes, o céu também não lhes responde.”

Encenação e Dramaturgia: TIAGO POIARES em cocriação com Joana Poejo e Samuel Querido / Interpretação: JOANA POEJO e SAMUEL QUERIDO / Espaço Cénico: ANA BALEIA / Desenho de Luz: PEDRO FINO / Composição e Direção Musical: PEDRO RUFINO / Sonoplastia: RUBEN PASCOA e MARTA GARCIA / Figurinos: ESTE / Direção de Produção: ALEXANDRE BARATA

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Organizador

ESTE . Estação TeatralNa génese da Estação Teatral, em 2004, está a complementaridade de dois impulsos motores que, em sinergia, desembocam na compatibilidade entre (1) a pesquisa de uma IDEIA DE TEATRO, num movimento sem fronteiras, e (2) o diálogo em cumplicidade com a COMUNIDADE do seu contexto: a Beira Interior. O surgimento da companhia parte da iniciativa de um colectivo de profissionais que identificava a premência de um PROJECTO que dotasse uma região isolada, com acções consequentes e que transcendessem a natureza de “companhia de reportório” ou de “sala de espectáculos”. “Mãe preta”, primeira criação, inscreve já todo um ADN que se repercute até hoje, ora nos ensinamentos de ferramentas do antigo, como a MÁSCARA, ora na inspiração em teatros tradicionais/populares, como a manipulação de marionetas, ora ainda na dimensão de um TEATRO TOTAL dada pela prática dos contadores de histórias, ora, finalmente, pela perspectiva que faz imanar a arte da ENCENAÇÃO como o centro da escrita, numa autonomia proporcionada por uma DRAMATURGIA DO VER onde texto escrito é contemporâneo do ensaio. Também porque uma peça se desenvolve a partir de diálogos encetados com públicos específicos, ao mesmo tempo em que se busca um relacionamento “por camadas” junto de espectadores com tipificações sociais e culturais distintas, como é o caso do projectos pedagógicos “Uma história para continuar...” (até 2016) e depois “Ver-Fazer” que trabalhou com toda a comunidade escolar do concelho do Fundão ao longo de dezassete anos e imanou versões para a programação principal. No regresso ao ANTIGO, está o relançamento de um teatro HODIERNO, reintrepretando estruturas, fora desse circuito fechado onde a prática é não raro a “tradição de uma tradição”. Peças como “Pax Romana” (2006), “A verdadeira história da Tomada do Carvalhal” (2007), “Cozinheiros” (2009), “Volfrâmio” (2011), “A entrada do rei” (2014), “Terra sonâmbula” (2015), ou mais recentemente “Coração que é livre fica” (2019) e a trilogia “A Avenida” (2019/2020/2021) inscreveram-se justamente em princípios éticos/estéticos que não apenas desembocaram numa corrente de público muito expressiva mas consolidaram uma rede de itinerância pelo território nacional, hoje, património inestimável que alarga o futuro. COMPANHIA DE PROJECTOS que imanam objectos próprios, numa relação VER-FAZER em continua progressão, as formas de contacto foram sempre transversais. Fosse o Festival TeatroAgosto, realizado durante 15 anos consecutivos, ou os Ciclos Dramatúrgicos, ou o contacto com as escolas e as suas próprias “Classes de Teatro”. É também neste conjunto de princípios que se insere a Feira Ibérica de Teatro do Fundão, organizada pela ESTE em parceria com o Municipio do Fundão desde 2019, um projecto diferenciador em Portugal na promoção de um mercado ibérico das artes dos espectáculos. Desde 2004 a ESTE – Estação Teatral estreou 45 criações originais e já actuou em Espanha, Alemanha, Cabo Verde e Brasil. Medalha de Mérito Cultural da cidade do Fundão.

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