Ao passar junto de uma vida, esta arrebatou-lhe o manto. Indignado, o passante pergunta-lhe por que razão o odiava ela tão veementemente. Ao que ela lhe respondeu: já que os teus ossos se abeberam do meu sangue, porque passas por mim e não me cumprimentas? Este diálogo não

existe, nunca existiu, tal como o tempo histórico em que, porventura, pudesse ter existido também não existe. Aliás, nada existe, porque nada resistiu à narrativa ditada pela “voz” apostólica-romana dos vendedores. E, no entanto, eles, os “outros”, andaram por cá durante mais de meio

milénio. Se há um buraco negro na nossa memória coletiva, ele abre-se no preciso período de dominação árabe do território a que hoje nomeamos de Portugal.

O Meu Nariz é Árabe
Companhia João Garcia Miguel e d’Orfeu AC

18 de março
Centro de Artes de Águeda
21h30

27 de março
Teatro José Lúcio da Silva
21h30

31 de março + 1 e 2 de abril
Teatro Ibérico
21h30

2 de abril
Teatro Ibérico
17h00

Duração: 01h15  Faixa Etária: M/12